All or Nothing : Requiem (Rytlock)
- Rhad
- 11 de set. de 2019
- 11 min de leitura

"Eu não sei."
As palavras me atingem como três tiros no peito - com aquelas cápsulas usadas pela Iron Legion com pontas que se estilhaçam e se alojam no seu esterno.
Fixamos nosso olhar. Não no corpo - no comandante. Onde estava o plano? A próxima grande ideia?
Havia sempre outro plano.
Este deveria ser um triunfo, nosso golpe mortal. Maldição, até a profecia estava do nosso lado! E então acabou.
Aurene estava morta. Dragon’s Watch, acabada. Assim como a Destiny’s Edge.
Assim como da última vez, eu não consegui evitar.
Aurene, morta. Kralkatorrik, foi embora. Desapareceu. De volta às Mists sem uma maneira de persegui-lo.
Uma vida inteira de treinamento inserido à marra na minha cabeça pela Blood Legion me disse para pegar Sohothin e ir atrás do maldito dragão de qualquer maneira. Perseguir. Destruir. Sem hesitação, sem medo.
Eu poderia ter feito mais. Deveria ter feito mais. Onze anos atrás, observei Glint cair do céu. Hoje, vi Kralkatorrik matar nossa última esperança.
Caithe também estava lá. Achei que ela fosse sentir o mesmo que eu. Ela estava lá na primeira vez. Ela estava lá quando Snaff—
Eu pensei que ela ficaria furiosa.
Ela não estava. O comandante juntou-se a ela próximo ao cadáver retorcido que Kralkatorrik deixara para trás: Aurene, empalada. Para sempre congelada em sua agonia de morte.
Eu vi lágrimas, mas não raiva. Onde estava a raiva deles?
Onde estava o plano? Como venceríamos?
Caithe, o comandante, Taimi, Braham - todos sofrendo pelo dragão morto. Nenhuma raiva para aquele que escapou.
Como eles poderiam lamentar a morte de um dragão?
"Você tem que confiar em mim, Rytlock."
Quantas vezes eu ouvi isso do comandante?
Nunca deixou de ser um plano estúpido. Criar um dragão desde o nascimento para matar outro e cumprir algum tipo de destino profetizado?
Os Charr nem sequer criam seus próprios filhotes. Como alguém deveria criar um dragão?
Sempre foi um plano estúpido, mas eu me deixei levar. Não por causa da confiança.
Não, isso era sobre lealdade.
Charr é leal ao seu warband: seus irmãos e irmãs de armas.
As ligações forjadas na batalha são mais fortes que qualquer linhagem. Mas nos fahrar, também somos ensinados que a perda de companheiros de warband é algo que vai acontecer. Para um bem maior. Vitória acima de tudo. Honra ao warband, glória às altas legiões. "Perdas aceitáveis", Ruinbringer os chama.
Sem dúvida.
Destiny’s Edge. Dragon’s Watch. Por mais de uma década, eles têm sido meu warband - minha família. Eles foram leais a mim. Eu tentei ser leal a eles. Eles colocam sua fé em mim para alcançar a vitória acima de tudo. Mesmo com perdas aceitáveis, eu não fiz o suficiente.
Kralkatorrik está nas Mists. Em breve, ele ou deixa o mundo inteiro branded - ou engole as Mists.
Então: nós o caçamos e o matamos. Simples, certo?
É, não. Na verdade não.
Aurene era a única maneira de salvar Tyria.
Ela deveria matar o Dragão de Cristal, absorver sua magia e - eu não sei. Não é como se tivéssemos melhores opções. Todos os outros planos terminavam com a aniquilação de toda a existência.
Mesmo que de alguma forma conseguíssemos acabar com Kralkatorrik sem ela, toda aquela magia dentro dele - Zhaitan, Mordremoth e Balthazar ...
O boom não seria muito encantador.
Todos os meus amigos, minha família, eles vão morrer neste mundo condenado porque eu sou um fracasso.
Sempre fui.
“Runtlock! Runtlock! Runtlock!
Aquele maldito coro de vozes ao meu redor novamente. Palmas abertas me empurrando para o chão. Pés com garras me chutam enquanto estou caído. E em algum lugar por trás disso tudo está a minha voz - pequena, sozinha - gritando para eles pararem. Eles não param. Não até eu acordar.
Eu sabia que eu daria o troco a eles um dia. Eu e meus amigos, faríamos todos pararem - nós íamos machucá-los, como eles nos machucaram. Eu me tornei o líder do meu warband. Treinando todos os dias. Massacrando inúmeros inimigos. Uma lenda entre os Charr.
Eles me derrubariam, mas eu sempre ficaria de pé.
Eu nunca sonho com isso. Por que eu não consigo sonhar com isso?
Eu era o nanico da ninhada. Eu sempre seria o nanico da ninhada, não importava quantos inimigos eu destruísse, não importava quantos Elder Dragons eu matasse. Mesmo se eu fosse Khan-Ur, eu sempre seria Runtlock.
Eu não consegui mudar isso. Tudo que eu podia fazer era me levantar depois que eles me derrubavam. Mas mesmo quando eu silenciei essas vozes para sempre, nunca consegui tirá-las da cabeça. Ou meus pesadelos.
Não até que encontrei Sohothin.
Sempre pensei que era mais um trabalho da Ash Legion: infiltrar-se na Flame Legion e sabotar a operação de Gaheron Baelfire por dentro. Normalmente, isso significaria enviar alguém para a Black Citadel para organizar uma operação conjunta, mas o Imperator Ruinbringer não confiava em Ash Legion. Ainda não confia.
Não confia em ninguém, na verdade.
Ele acabou enviando nós dois. Eu e Crecia. Ela era como uma daquelas facas de porcelana feitas em Cantha - impecável e afiada o suficiente para te cortar em pedaços.
Cre era perfeita para o trabalho, disse Ruinbringer. O que ele queria dizer era que ela era fêmea. Baelfire não veria o que o atingiu. Não suspeitaria que ela fosse uma guerreira da Blood Legion disfarçada.
Ele estava certo - maldito, Ruinbringer geralmente acerta. Entrar na guarnição foi fácil. Talvez o trabalho em si também tenha sido, se eu não passasse a maior parte do tempo apenas tentando evitar matar todos que conheci. Isso foi difícil.
Crecia foi melhor. Comida envenenada, roubou planos, trocou ordens - a Flame Legion não suspeitou de nada. Então nós soubemos algumas novidades. Algo grande acontecendo pelas fileiras.
A Flame Legion tinha encontrado algo e estava trazendo para nossa guarnição. Algo incrível.
Eles encontraram Sohothin.
Eu tentei conseguir mais informações, mas me esgueirando por aí? Recolhendo inteligência? Não é exatamente o meu forte. Eis o que nós dois descobrimos: a Flame Legion enviou algumas tropas ao Ring of Fire para procurar uma antiga relíquia que pertencia a um príncipe humano - Rurik. Supostamente a espada foi um presente de seu deus da guerra, Balthazar.
Quando soubemos que a lâmina estava deixando nossa guarnição para o Fireheart Rise, para ser entregue ao próprio Imperator Baelfire ...
Bem, eu não podia deixar isso acontecer.
Claro, eu não poderia simplesmente roubar. Eu tinha que dizer a minha colega de warband o que eu estava planejando. O problema era que Cre estava fazendo um trabalho muito bom para deixar tudo para trás.
Quando eu disse a ela o que eu ia fazer, ela me disse que eu seria morto. Provavelmente também a colocando em risco. Se eu fosse pego, não levaria muito tempo para descobrir qual imperator nós realmente respondemos.
Mas eu era jovem. Eu não podia deixar que Baelfire colocasse suas garras em Sohothin, e minha cabeça estava cheia de ...
Eu era jovem. Nós éramos jovens.
Eu fiz o que achei que tinha que fazer. Eu matei os guardas protegendo Sohothin e a reivindiquei para mim. Implorei Crecia para vir comigo. Talvez ela até tenha considerado isso. Eu nunca saberei, porque ela não veio - ao invés disso ela me apunhalou na perna com uma faca para me atrasar e soou o alarme. Mais tarde, ela disse ao Ruinbringer que ela estava tentando "manter as aparências".
Não posso dizer que apreciei o gesto na época, mesmo que tenha funcionado. Ela manteve o disfarce por anos depois que eu fugi.
Eu penso nela às vezes - suas linhas finas e bordas afiadas. A cicatriz na minha perna me lembra o que eu fiz, ainda me faz pensar se Cre era uma daquelas “perdas aceitáveis” que nossos professores nos fahrar gostavam muito de falar.
Mas no final, eu tinha Sohothin.
Isso era o que importava.
Imperator Ruinbringer não estava feliz em ver que eu tinha estragado o meu disfarce, mas ter roubando a arma secreta de Baelfire? Isso melhorou o humor dele.
Agora que eu estava de volta com o meu Stone warband, Ruinbringer decidiu nos colocar na linha de frente do próximo grande ataque - comigo e Sohothin na frente.
Ele queria que a Flame Legion visse seu precioso artefato nas garras do inimigo.
Ele queria que a Flame Legion visse a própria destruição por sua magia.
Ele queria que a Flame Legion tivesse medo do fogo.
E eles tiveram. Batalha após batalha, Sohothin abria caminho pelas linhas inimigas. Suas flechas, suas espadas, sua magia - tudo me derrubou, mas eu sempre me levantava.
Minha lenda cresceu. Meu poder cresceu. Meu warband cresceu ... distante.
Mas isso não importava para mim. Eu tinha Sohothin, e eu era imparável.
Eu venci batalha após batalha, incendiando os fanáticos da Flame Legion como se fossem gravetos secos. Rytlock Brimstone era o charr mais temido no campo de batalha.
Meus superiores tentaram me dar ordens, tentaram me pressionar. Mas com Sohothin? Ninguém jamais iria me perseguir de novo.
Meus superiores não gostaram muito disso.
"Eu deveria ordenar sua execução, entendeu?"
Eu me lembro do jeito que os olhos de Ruinbringer brilharam e seus dentes cintilaram naquela câmara mal iluminada na Blood Citadel. Ele alegou que eu não segui as ordens, que coloquei meus colegas em risco - que eu achava que era melhor do que ele.
Eu disse a ele que tinha opiniões sobre minhas ordens.
“No campo de batalha?” Ele zombou. "Esse é um lugar ruim para ter opiniões."
As próximas palavras da minha boca foram um erro. "Só se perdermos", eu disse. "Eu ainda não entrei em uma luta que pudesse perder."
Ruinbringer levantou-se de seu trono. Eu tentei ficar mais alto, digno.
"Bem, você está em uma agora."
Eu cerrei meus dentes. Eu sabia o que estava por vir. Ou pelo menos, achei que sabia.
"Você não vai se tornar um gládio", disse Ruinbringer. "Você está sendo promovido."
Eu estava confuso, mas disse a ele que estava honrado. Isso foi um erro também.
Ruinbringer mostrou-me um pergaminho pesado, dobrado, selado com cera. "Você vai fazer uma pequena turnê das legiões", continuou ele. "Talvez a sua presença motivacional lhes proporcione as mesmas vitórias que você nos trouxe."
Apenas me execute. As outras legiões? Eles não lutam como a Blood. A Iron se esconde atrás de suas máquinas. Ash se esgueira nas sombras. Mas não havia como argumentar com ele. Ruinbringer gostava da ideia de eu estar miserável mais do que ele gostava de ganhar.
Todas as minhas vitórias, todo o sangue que eu tinha derramado em nome da minha legião - naquele momento, não significava nada.
Eu nunca pensei que me sentiria impotente novamente.
Eu estava lá, no Crystal Desert. As areias eram de vidro. Eu olhei para a direita: o cadáver de Glint. Eu olhei para a esquerda: seu santuário, apenas uma ruína destruída. E na minha frente: Snaff.
O que sobrou dele.
Eu poderia ter feito mais para salvar o pequeno asura. Se eu não estivesse tão preocupado em matar o Dragão de Cristal, eu teria visto ele cercado pelos Branded.
Todo o poder de Sohothin - e Snaff ainda estava dilacerado diante dos meus olhos.
Mas eu não aprendi. Eu nunca aprendi. Eu teria que cometer mais erros. Mais pessoas tiveram que morrer.
Eu teria que encontrar o deus da guerra e do fogo antes que a lição entrasse no meu crânio espesso.
"Essa é a sua espada?"
A voz do estranho ecoava nas Mists. Era profunda, poderosa - talvez na vida ele tenha sido um grande senhor, se meteu com alguém quem não deveria, acabou acorrentado nessas terras devastadas. Não importava para mim.
Meus olhos estavam na lâmina enterrada no fundo da pedra, sua chama extinta há muito tempo. Meu objetivo, finalmente à vista depois de - quanto tempo tinha sido? O tempo é estranho nas Mists.
"Eu só pergunto", disse o estranho, "porque parece que Sohothin perdeu sua faísca."
Eu parei. Ou talvez apenas meu coração parou.
"Como você sabe o nome dela?"
O estranho sorriu. As pessoas são estranhas nas Mists também.
"Quem não conhece Sohothin?", Ele perguntou. “Lendária lâmina de fogo e guerra , tomada por um charr.”
A notícia viaja por aí, eu acho. Ele se ofereceu para reacender sua chama.
Eu deveria saber. Esse foi o momento que eu deveria saber. Idiota.
Mas também foi o momento em que percebi que poderia ter Sohothin de volta. Eu vaguei pelas Mists pelo que me pareceu uma vida inteira, antigas batalhas se repetindo pela eternidade - e agora havia uma chance de recuperar a luz. Minha luz.
Eu não perguntei quem ele era ou porque ele estava acorrentado. Eu só queria minha vida de volta.
"Você pode reacende-la?"
O estranho ergueu o braço e a chama dentro de Sohothin acendeu, atravessando a escuridão das Mists.
Eu deveria ter percebido a facilidade com que seus músculos ignoravam o peso de suas correntes. Eu deveria ter notado o lampejo faminto de chamas em seus olhos.
Mas quanto eu realmente vi? Quanto eu gostaria de ter visto?
Faíscas e cinzas encheram o ar enquanto eu arrancava a lâmina da pedra. Seu calor parecia familiar. Agora eu também sorria. Com Sohothin, tudo parecia sempre um pouco mais fácil.
"Essa lâmina é realmente uma maravilha", disse o estranho. “Eu vejo como você olha para ela. Você entende como ela é especial.”
Eu disse a ele que era boa em seu trabalho, mas não menti. Parte de mim foi justificada. O estranho não teve resposta a não ser levantar os braços e esticar as correntes.
E então eu o libertei.
Foi minha culpa. Tudo o que veio depois - tudo porque eu queria aquela maldita espada de volta.
Eu disse a mim mesmo que era para libertar Ascalon de sua maldição, mas essa desculpa não durou muito tempo. Eu queria Sohothin porque era minha. Porque eu merecia. Ou pelo menos eu paguei por isso.
Quando o estranho - quando Balthazar - viu como eu olhei para ela, será que ele podia ver o que eu pensava de mim mesmo sem ela?
Depois que eu o soltei, ele foi para Elona. Vlast morto. Assassinou o comandante. Fez um acordo com Joko. Quase destruiu o mundo.
Tudo porque eu queria aquela espada de volta.
Foi minha culpa.
E eu sou tão impotente agora como era naquela época. Não consegui impedir Logan de ir embora. Não consegui salvar o Snaff. Não pude salvar o Destiny’s Edge ou o Vlast ... ou a Aurene.
Tire Sohothin e o que eu sou? Quem é Rytlock Brimstone sem a lendária espada de fogo? Eu ainda seria tribuno? Eu ainda seria conhecido em todas as altas legiões?
Se eu morresse e alguém pegasse a espada, eles poderiam fazer melhor?
Eu olhei em volta das ruínas do Thunderhead Keep. Para o comandante. Caithe. Taimi. Braham.
Meus aliados. Meus amigos. Minha família.
Mas havia mais. Um pensamento, encolhido no fundo da minha mente.
Os filhotes que nunca vejo.
Mandei-os para os fahrar anos atrás. Isso é o que fazemos.
Não deveria ser uma parte de suas vidas, mas isso sempre pareceu ... errado. Meus pais me deixaram para lutar. A única maneira que um nanico sobrevive no fahrar é lutar suas próprias batalhas, dentes e garras.
Mesmo assim. Eu apareço de vez em quando. Só para ver como eles estão. Me certificar de que eles estão fora de problemas e certificar de que ninguém os estão dando.
Eu nunca vou vê-los novamente. Eles vão olhar para o céu enquanto as Mists desaparecem e tudo acaba. Seu warband estará lá para ajudá-los? Alguns são muito jovens - nem deixaram o fahrar ainda. Eles vão morrer nunca sabendo a camaradagem de um warband.
De uma família.
E o meu mais velho. Meu primeiro. Será que ele vai se importar de pensar em mim quando o mundo estiver acabando?
Esse foi o momento em que as lágrimas vieram. Finalmente.
Eu percebi porque Caithe estava chorando. Porque o comandante estava chorando. Para eles, Aurene não era apenas um dragão.
Ela era a filha deles.
Onze anos atrás, eu estava no Crystal Desert e vi o quão impotente eu realmente era. Mesmo com Sohothin, tudo desmoronou. Kralkatorrik escapou. Meus amigos morreram ou me abandonaram.
Meus superiores chamam isso de perdas aceitáveis.
Toda a minha vida, me disseram que meu warband era minha família e as altas legiões eram absolutas. Tudo o que fiz, toda vitória que ganhei foi para eles. Tudo o mais que eu tive que sacrificar foi uma perda aceitável.
Mas eles não são aceitáveis. Não quando eu continuo perdendo pessoas com quem me importo. Meus camaradas. Meus amigos.
Meus filhotes.
Eu nunca deixaria acontecer. Malditas sejam as altas legiões. Malditas sejam todas elas.
Eu mal conheço meus filhotes, mas se Kralkatorrik ameaçasse um deles - eu sacrificaria minha maldita espada em um piscar de olhos.
Eu me jogaria na frente deles.
Eu morreria por eles.
Sim, acho que entendi agora.
"Rytlock?" Logan. Sua voz me sacode de volta ao presente. "Vi você andando de um lado para o outro."
Eu estive andando. Por toda a Thunderhead Keep. Agora estou agachado em um pedaço de pedra, longe dos outros, escondido nas sombras. Pensei que seria difícil me achar. Acho que eu estava errado.
"Só pensando."
"Certo." Eu vejo Logan levantando algo com o canto do meu olho. "Você deixou isso no local onde Aurene ... perto de Aurene."
É Sohothin. Não consigo me lembrar de deixá-lo em lugar algum, então me viro para olhar para ela - e para o Logan, tentando pensar em algo para dizer.
Nada vem à mente até que ele coloca a lâmina contra a parede e se vira para sair.
"Logan, eu ..."
Logan pára. "Sim?"
Ele está esperando. Paciente - devo admitir. Eu não sei quanto tempo ele fica lá parado, como um tipo de cerco. Um amistoso. Eu olho para a espada.
"Não precisava disso."
Outro silêncio. Mais longo. "Vamos", diz ele, "vamos checar os outros. Eles precisam de nós.”
Depois de tudo, como posso discutir?
Eu começo a sair, mas a mão de Logan está no meu ombro. “Rytlock. Sua espada.”
É mais que uma espada, disso eu sei. Eu decidi há muito tempo que Sohothin era mais importante que Cre, que eu deixei para trás. Eu decidi que era mais importante ter Sohothin do que uma família ao meu lado.
Mas eu poderia matar todas as malditas coisas no mundo inteiro. Eu poderia governar todas as quatro legiões como o próximo Khan-Ur, e eu nunca seria feliz. Nunca valeria a pena.
Eu não conseguiria consertar o mundo. Eu não conseguiria nem me consertar.
Então continuo andando. "Não precisa", eu digo novamente. “É só uma espada. Estará aqui quando eu voltar.”
Logan parece um tanto suspeito. "Tem certeza?"
Mesmo com a Sohothin, nunca serei tão forte quanto preciso ser.
Mas também não sou impotente. Não enquanto eu os tiver. Meu warband - minha família.
Não enquanto eu ainda puder lutar por eles.
"Sim. Vai ficar tudo bem."

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